ONU denuncia ataques racistas contra Vinicius Jr.
Volker Turk denunciou insultos racistas na manhã desta quarta-feira (24) durante entrevista coletiva em Genebra
O caso Vini Jr. continua tendo desdobramentos e, na manhã desta quarta-feira (24), foi a vez da ONU (Organização das Nações Unidas), denunciar os ataques racistas sofridos constantemente pelo atacante do Real Madrid.

Em entrevista coletiva em Genebra, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, pediu esforços conjuntos para erradicar o racismo do esporte e destacou o último caso de racismo contra o brasileiro, que ocorreu no domingo (21), em jogo entre o Real Madrid e o Valencia.
“Fazemos um apelo a todos estes eventos esportivos do mundo para enfrentar, combater e prevenir o racismo”, disse. Turk falou, ainda, que o ataque do último domingo é um “lembrete brutal da prevalência do racismo no esporte”
O alto comissário da ONU pediu para que um relatório de orientação sobre a questão do racismo no esporte seja elaborado por sua equipe. “Queremos propor um certo número de ideias claras sobre as normas relativas aos direitos humanos em eventos esportivos. Constatamos uma discriminação em um amplo leque de questões, incluindo discriminação de gênero e discriminação contra pessoas LGBTI que também participam de eventos esportivos”, disse.
Turk salientou que “o racismo é completamente inaceitável”. “Será que eu tenho um preconceito? Como eu reajo quando vejo outra pessoa lançando um insulto racista? Eu me acomodo, eu respondo a isso? Temos que encontrar maneiras de erradicá-lo completamente no século XXI. Isso exige que todos o enfrentem”, ressaltou.
No domingo, Vini Jr. foi novamente alvo de insultos racistas no jogo contra o Valencia. Em janeiro, um boneco com sua camisa foi pendurado em uma ponte próxima ao Centro de Treinamento do Real Madrid às vésperas do jogo contra o Atlético de Madrid. Na terça-feira (23), sete pessoas foram presas suspeitas dos casos, três delas foram liberadas horas depois, mas responderão acusação e “atentado aos direitos fundamentais e liberdades públicas”.